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Siem Reap, Camboja

  • renatabarrosmsouto
  • 4 de mar. de 2021
  • 4 min de leitura

Atualizado: 18 de mai. de 2022



O Camboja é simplesmente encantador. Seu povo sempre sorridente e simpático, mesmo em meio a tantas dificuldades e depois de uma guerra. Sua comida é deliciosa e exótica, mas nāo apimentada. E possui muitos templos maravilhosos.


Uma visita ao país, ainda em reconstrução após uma guerra civil que matou quase um terço da população, é uma aula de história e um exemplo de sobrevivência.

Milhões de pessoas foram forçadas a deixar seus lares e trabalhar em campos de concentração. Eles perderam membros da família que morreram de fome, doenças ou assassinato.

O Khmer Rouge (Partido Comunista do Camboja) tentou eliminar qualquer pessoa que tivesse estudo: Intelectuais, artistas, professores, médicos, engenheiros. Quase todos foram assassinados. Apenas os “puros” e “não-corruptos” camponeses, ou aqueles que conseguiram enganar os executores, foram poupados.


Siem Reap é a cidade-base para explorar o Complexo de Angkor, que foi a capital do Império Khmer entre os séculos 9 e 13. Uma cidade cheia de restaurantes, bares e hotéis, e a apenas 7km dos templos. Destino obrigatório (e às vezes único) de quem vem ao Camboja, Siem Reap é ponto de partida para o que algumas pessoas chamam oitava maravilha do mundo: Angkor Wat.



O que visitar:

Complexo de Angkor É um parque arqueológico com 400km2 e centenas de templos e ruínas incríveis. Ele atrai turistas do mundo todo, curiosos para ver palácios, edifícios e muitos, muitos templos da época do Império Angkoriano. Trata-se do maior império que já existiu no Sudeste Asiático e que influenciou fortemente a cultura de países hoje mais desenvolvidos, como a Tailândia. O conjunto foi eleito a oitava maravilha do mundo e não há palavras para descrever o que é Angkor, que tem o Angkor Wat como símbolo máximo, presente na bandeira do país, nas notas de dinheiro e em praticamente todos os tipos de souvenir.

Visitar Angkor exige no mínimo três dias, tamanha a quantidade de atrações – entre elas o complexo de Angkor Thom, o Terraço dos Elefantes e o Banteay Kdei.


Angkor Wat É considerada a maior construção religiosa do mundo, e foi construído no século XII como mausoléu para o rei Suryavarman II e como templo hinduísta – uma homenagem ao deus Vishnu. No Angkor Wat, que significa Cidade do Templo, criatividade e a devoção espiritual se misturam. Tudo é grandioso, a exemplo de um fosso de 190m de largura que o circunda (formando um retângulo gigante, de 1,5km por 1,3km) e das cinco belas torres esculpidas, ainda mais bonitas durante o nascer e o pôr do sol.








sanscrito nas paredes internas
a subida a Torre exige folego
a vista de cima da torre

É possível subir até o topo da principal torre do templo e aproveitar uma das mais belas vistas do local. Muita gente madruga para ver o nascer do sol atrás do Angkor Wat. Nós preferimos ver o por do sol, onde a luz do entardecer deixa o complexo meio alaranjado. Além de ser mais vazio.



Angkor Thom

É a última capital do Império Khmer, construída no final do século XII. A cidade fortificada tem 10km2 e dentro de seus portões, vários templos e ruínas lindíssimos. Seus portões de entrada são lindos, especialmente os com as pontes, onde há figuras de guerreiros nas laterais. Em geral, a primeira visão que se tem do local é a do Portão S, fabulosas torres com quatro rostos, cada um apontando para um ponto cardeal.





Bayon

Um dos templos que mais me impressionou. São 54 torres em estilo gótico decoradas com 216 faces gigantes sorridentes imitando as feições do rei Avalokiteshvara. E apesar de parecidas, nenhuma face tem a mesma expressão. Está localizado no centro do complexo de Angkor Thom.







Baphuon

Conhecido como o maior quebra-cabeça do mundo, pois encontrava-se completamente devastado e todos os registros foram destruídos durante os anos do Khmer Rouge, deixando os especialistas da EFEO (École Française d’Extrême-Orient) com 300.000 pedras a serem colocadas em seus lugares. É um templo em formato de pirâmide que representa o mítico Monte Meru, sagrado no hinduísmo.



Terraço dos Elefantes

O terraço situado na Praça Real de Angkor Thom era usado para a realização de cerimônias públicas.


Bakong

Do século IX, localizado a 13km da cidade de Siem Reap, o templo Bakong foi o primeiro a ter formato piramidal, aplicado nas construções nos 400 anos seguintes. Construído na terceira dinastia angkoriana, teve diversas intervenções e expansões ao longo dos reinados.






Ta Prohm

É o templo que foi “engolido” pela natureza. Na verdade, foi o templo escolhido pela equipe de restauradores franceses para servir de demonstração de como estavam TODOS os templos de Angkor, quando foram descobertos pelos ocidentais no final do Século XIX. Mostra o poder da natureza sobre o homem e suas construções. Construído a partir de 1186, Ta Prohm (ou Rajavihara, seu nome original) foi um templo budista dedicado à mãe do Rei Jayavarman VII. Este templo ficou bem conhecido ao aparecer no filme Tomb Raider, com Angelina Jolie.




Budha engolido por uma árvore


Banteay Srei

Este templo chama a atenção pela riqueza de detalhes. O templo é praticamente uma miniatura se comparado ao Angkor Wat. Foi construído no Século X em homenagem ao deus hindu Shiva e é considerado uma jóia da arte Khmer. Foi erguido todo em arenito vermelho e não há uma única parte em que não haja desenhos milimetricamente esculpidos nas pedras. Seu nome significa “Cidade das Mulheres” e acredita-se que tenha sido construído por mulheres, devido a tamanha delicadeza dos desenhos.







Chong Kneas Floating Village

Esta vila flutuante no Tonlé Sap Lake fica a aproximadamente 15km de Siem Reap. A vila muda de lugar, conforme a estação e nível de água do rio. Trata-se de uma comunidade inteira que vive completamente “boiando” sobre as águas.




Restaurantes:

Fiquei muito bem impressionada com a qualidade da comida, tanto em restaurantes como na rua. A comida cambojana é muito saborosa. Nós provamos um prato repletos de formigas, E não é que estava ótimo?! Nest

Ambiente modernoso, com um extenso cardápio com opções de pratos locais e internacionais. Fica na Sivatha Street.


Café Indochine A comida deste restaurante mistura influências Khmer com Francesas (relembrando a época em que o país era colônia francesa). O lugar também é lindo – uma casa de madeira enorme, com jardim e cheia de luzinhas. Fica na Sivatha Street.




Hospedagem:

Ficamos hospedados no hotel Prince D'Angkor Hotel & Spa. Ótima localizaçāo, bom café da manhã e piscina.




Guia:

Contratamos uma guia local + carro privativo com motorista e super recomendo, especialmente se você estiver com criança. Fechamos através da agencia Asiática. A guia era ótima. O nome dela é Shandara.

Muita coisa no Camboja está em ruínas e fica muito mais fácil entender a história com alguém contando nos mínimos detalhes.

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