Phnom Penh, Camboja
- renatabarrosmsouto
- 28 de jun. de 2021
- 4 min de leitura
Atualizado: 17 de mai. de 2022
Phnom Penh é a capital do Camboja e a maior cidade do país, com 1,5 milhão de habitantes.
Ela foi colonizada por franceses, invadidos por tailandeses e depois por japoneses, durante a 2ª Guerra Mundial. E possui muitas riquezas históricas e culturais, que fazem valer uma visita.
Phnom Penh, que já foi chamada de “Pérola da Ásia”, sofreu terrivelmente durante o regime do Partido Comunista Khmer Vermelho, quando a cidade, na época com mais de 2 milhões de habitantes, foi completamente evacuada em Abril de 1975. A população foi forçada a marchar para áreas rurais a fim de viver em um modelo de agricultura do século XI. Valores vistos como “ocidentais” foram descartados, templos e bibliotecas foram destruídas e intelectuais foram assassinados. Quatro anos depois, o Vietnã libertou o Camboja do Khmer Vermelho e aos poucos as pessoas começaram a voltar para a cidade e a reconstruí-la.
Recomendo o livro "Primeiro mataram meu pai", de Loung Ung. Um dos livros fundamentais para entender o que ocorreu no Camboja e o Sudeste Asiático. Tem um filme dirigido pela Angelina Jolie, baseado no livro, que você encontra em algumas plataformas de streaming.
O que visitar:
Royal Palace
O Palácio Real é a maior atração turística da cidade e ainda hoje serve de sede da monarquia cambojana. Construído em 1860, o complexo é grande, com vários templos e pagodas. A Sala do Trono é o principal prédio, pois é o local onde o rei recebe seus conselheiros e realiza cerimônias religiosas e reais. Outro lugar de destaque é a Pagoda Prateada que é um templo budista dentro do palácio. Possui uma parte do chão de prata e um Buda adornado com 2 mil diamantes.











Wat Ounalom
Construído em 1443, o Monastério de Wat Ounalom, considerado um dos mais importantes do país por ser o centro do budismo cambojan, é um complexo de 44 construções dentro de um quarteirão fechado.



Tuol Sleng Genocide Museum
Era uma escola secundária até 1975. Depois disso, foi transformada na prisão S-21 durante o governo do ditador Pol Pot, poucos meses depois do Khmer Vermelho ter invadido Phnom Penh.
O Tuol Sleng foi um centro de interrogatório e tortura. Poucas pessoas que passaram por lá sobreviveram. Os prisioneiros eram fotografados e obrigados a assinar declarações falsas em que confessavam uma justificativa para serem assassinados pelo Khmer Vermelho. Tudo era devidamente registrado e estão em exposição no museu.
Os quatro prédios que compõem a antiga prisão estão quase instactos. As celas e o arame farpado que recobre as varandas ainda podem ser vistos. Estima-se que cerca de 20 mil pessoas passaram pela S-21 e foram executadas.
Clima pesado e triste, principalmente a parte das fotos e áudios contando como funcionava essa máquina de tortura, mas mas que precisa ser conhecido, para entender a história recente do Camboja. Foi o momento mais emocionante da viagem, com um clima bem pesado, um soco no estômago.





Campos de Extermínio Choeung Ek. (Killing Fields)
Um dos vários campos de execução do regime comunista do Khmer Vermelho, hoje aberto à visitação com o propósito de conscientizar contra o genocídio. Aqui nao tinha bala ou gás para extermínio. Eles usavam o que tinham para a execução: enxada, pá, casca de cana de açúcar. De bebês a idosos, ninguém sobrevivia. No centro do complexo, há um memorial com mais de 5 mil crânios encontrados no local. Durante o passeio, você passa por uma árvore onde os bebês e crianças pequenas eram levadas para terem seus crânios quebrados no caule da árvore.
Chocante e muito triste.








Monumento da Independência
O monumento é uma estupa, no formato da torre central de Angkor Wat, construída em 1958 para comemorar a data em que o Camboja tornou-se independente da França, em 1953. Ele está localizado no encontro das avenidas Norodom e Sihanouk.

Night Markets e Comida de rua
Um passeio interessante é conhecer os mercados noturnos e comer a comida de rua, vendida em barraquinhas. Muita gente vai ter nojinho, então uma recomendação é pegar uma agência de turismo local e um guia para te levar nos lugares certos, embalados pela baratissima cerveja local. Este programa é chamado de "Street food night tour".
A pururuca deles e uma costela de porco, regada no Kampot Pepper (a Ferrari das pimentas do reino) são inesquecíveis. E para terminar o passeio, veja se o guia te leva para comer um churrasco cambojano, e de entrada, peça um prato com insetos, como barata d´água, besouro, aranha, grilo e outros amigos invertebrados. É uma experiência única. E garanto que vai se surpreender.










Central Market
O Central Market fica dentro de um edifício art déco de 1937, herança da presença francesa. Como a maioria dos mercados do Sudeste Asiático, ele possui de tudo um pouco: frutas, verduras, carnes, peixes, roupas, cestas e souvenirs.







Russian Market
Este mercado vende de tudo e mais um pouco, é um dos melhores mercados da cidade, ali algumas coisas são mais baratas do que no mercado Central.
Abre das 6h30 às 17h30.
Andar de Tuk Tuk
Uma maneira muito divertida de se locomover é chamando um tuk tuk no aplicativo no Grab. Além de ser mais barato quem usar um táxi comum.

Riverside
É o bairro mais turístico em Phnom Penh. Ele tem vários restaurantes e bares legais na margem do Rio Mekong.
Dicas de Bares e Restaurantes nesta região:
Eclipse Sky Bar
Este rooftop bar oferece uma vista panorâmica do Monumento da Independência, do Palácio Real e dos rios Mekong e Bassac.
Le Moon Rooftop Bar
Localizado no Amanjaya Pancan Hotel, este rooftop é uma outra opção para drinks com vista.




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