top of page

Paraty - RJ

  • renatabarrosmsouto
  • 11 de mar. de 2023
  • 7 min de leitura

Atualizado: 28 de mar. de 2023


Foto: Soutos no Mundo


A cidade de Paraty viveu seu auge no ciclo do ouro e é um tesouro do turismo nacional. Reunindo história, natureza exuberante e gastronomia de alta qualidade, a cidade é um dos destinos mais charmosos do litoral sul do Rio de Janeiro.


Paraty foi uma das cidades mais ricas da região no Ciclo do Ouro, no século XVIII. No século seguinte, entrou em decadência, permanecendo isolada por décadas, com sua arquitetura preservada.


Paraty é considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, sendo o único sítio misto brasileiro a receber este título, devido às suas belezas naturais e históricas.

Confira neste post minhas dicas para conhecer (e se apaixonar) Paraty.



Quando ir:

No verão as temperaturas ficam mais altas, ideal para curtir as praias e cachoeiras, por outro lado de novembro a março é o período mais chuvoso.

O inverno tem os meses mais secos mas as temperaturas mais baixas podem dificultar a entrada no mar e nas cachoeiras.

O outono e a primavera tem temperaturas amenas e incidência menor de chuvas.


A cidade recebe 2 grandes eventos culturais que lotam a cidade: a FLIP (Feira literária internacional de Paraty) que acontece em julho e o Festival da Cachaça que acontece em agosto.


Como chegar:

Localizada na Costa Verde, no extremo sul do estado do Rio de Janeiro, praticamente na divisa com São Paulo, portanto é possível chegar a partir desses dois estados.

A partir do Rio, são 240km, em uma viagem de 4h, com lindas paisagens da Costa Verde, principalmente quando estiver passando por Angra dos Reis.

Para quem parte de São Paulo, são 270km em um viagem de 5h, pelas BR-116 e BR-459.


Como circular em Paraty:

A melhor maneira de conhecer os pontos turísticos de Paraty no Centro Histórico é a pé, pois carros não circulam pela área.

Já para explorar as praias e cachoeiras, o melhor é ir de carro.

Para conhecer as melhores praias de Paraty, é necessário contratar um passeio de barco já que elas são acessíveis apenas pelo mar.



Onde se hospedar:

A melhor localização para se hospedar em Paraty é no centro histórico, ou próximo a ele.

No centro históricos estão algumas das pousadas mais famosas da cidade e também as com os valores mais altos para as diárias.

Na minha visita à cidade, me hospedei na charmosa pousada Maris Paraty que está localizada a 10 minutos de caminhada do Centro Histórico.



O que conhecer:

Centro histórico de Paraty:

Um dos principais pontos turísticos da cidade, o Centro Histórico de Paraty é pura história, arte e cultura. Além de reunir as principais atrações turísticas e o Cais, de onde parte os passeios de barco, é onde concentra pousadas, galerias, restaurantes, bares e lojas.

Confira abaixo o que você não pode perder.



Arquitetura Colonial

Paraty foi uma das primeiras cidades planejadas do Brasil, pensada para viver de acordo com os ciclos da maré. Quando ela está cheia, a água toma conta das ruas, mas os casarões não são inundados já que foram construídos um degrau acima.


Foto: Soutos no Mundo

Foto: Soutos no Mundo

Foto: Soutos no Mundo


As ruas do Centro Histórico são feitas de pedras irregulares do início do século XIX, os chamados “pé-de-moleque”. Nessas ruas não é permitida a entrada de carros, o que faz com que os visitantes tenham que andar por elas, apreciando ainda mais as belezas de seu aspecto colonial.


Dica: atenção ao andar pelo Centro Histórico logo após a maré baixar ou quando está chovendo, pois as pedras ficam super escorregadias.


Os casarões de Paraty com suas portas e janelas coloridas são o cartão-postal da cidade.


A Casa da Cultura funciona em um casarão e exibe exposições de artistas locais. Não deixe de visitar o Museu de Arte Sacra que fica dentro da Igreja Santa Rita.


Falando em igrejas, as mais famosas e que valem a visita são a Igreja da Matriz e a Igreja Nossa Senhora das Dores, também conhecida como Capelinha.


A Igreja da Matriz Foto: Soutos no Mundo

Foto: Soutos no Mundo

Foto: Soutos no Mundo

Dica:

Uma opção interessante é fazer um walking tour pelo centro. Ele é feito pela empresa Free Walkers e dura cerca de 1h30. É gratuito mas ao final você é convidado a contribuir com o que achar justo. O ponto de encontro é na Praça da Matriz, diariamente as 10:30 e 17h (exceto quartas)



Fazenda Bananal

A Fazenda Bananal reabriu suas portas para o público em 2017 e tem como objetivo ser modelo de fazenda sustentável. Ela possui construções do Século XIX que foram restauradas e estão cercadas por um lindo projeto paisagístico.


O local agora conta com um restaurante, um café, centro de visitantes com atividades, agrofloresta e muito verde. A fazenda possui um ambiente muito agradável para passar o dia. Você pode fazer uma trilha acessível, conhecer mais sobre os animais nativos da Mata Atlântica, etc.





Alambiques

A produção de cachaça é uma atividade centenária em Paraty. Historiadores acreditam que foi em alambiques da cidade, por volta de 1600, que a cachaça começou a ser fabricada no país.

A cidade é uma das principais regiões produtoras de cachaça no Brasil e muitos alambiques tem rótulos premiados e são abertos a visitação.

A visita à um alambique oferece a oportunidade de aprender sobre a história da bebida e de Paraty. Além de conhecer a produção da cachaça , você poderá fazer a degustação.

Eu visitei a Alambique Paratiana que possui tour guiados gratuitos, seguidos de degustação. No local também tem um bar que serve doses de cachaças e diversos drinks feitos com a bebida.





A cachaça Gabriela contém cravo e canela, e foi criada pela Cachaçaria Coqueiro, em homenagem ao filme Gabriela, Cravo e Canela, gravado em Paraty em 1988, inspirado no livro de Jorge Amado. Hoje em dia, praticamente toda cachaçaria possui sua versão de Gabriela, que é a base do drink mais famoso de Paraty: o Jorge Amado. Ele leva também maracujá e limão e é facilmente encontrado em todos os restaurantes e bares da cidade.

Delicioso. Não deixe de experimentar.


Foto: Soutos no Mundo


Natureza

Você sabia que 60% da área do município de Paraty é de Mata Atlântica? Com uma vegetação exuberante, a cidade oferece lindas praias e cachoeiras.


Praias

As praias urbanas de Paraty (Praia do Pontal e Praia do Jabaquara) são mais frequentadas por locais e e possuem água mais turva e enlameadas. Vale a pena dirigir em busca das praias mais bonitas da região.

Localizadas a 30km do Centro Histórico, as praias São Gonçalo e Goncalinho possuem estacionamento e acesso fácil. Ambas possuem estrutura com quiosque de praia que oferecem mesas com guarda-sol, bebidas e alimentação e banheiro. São ótimas também para famílias com crianças já que possuem mar calmo, especialmente a São Gonçalinho.

Nesta praia você também pode alugar itens para snorkel, caiaque e stand up padle. Parte delas pequenos barcos para a Ilha do Cedro, localizada logo a frente.





Passeio de barco para o Saco do Mamanguá

O Saco do Mamanguá é conhecido como o "fiorde tropical", isso porque seu formato se assemelha com o de um fiorde. Ele é um braço de mar de 8km que avança no meio das montanhas, em um formato de saco. Reserva Natural, sua área é reconhecida como berçário de diversas espécies.


Foto: Soutos no Mundo

Saco do Mamanguá Foto: Soutos no Mundo

Um lugar de beleza excepcional e que só pode ser acessado por mar. Assim, para explorar algumas de suas belíssimas praias, você deverá contratar um passeio de barco partindo do cais de Paraty ou dirigir até Paraty Mirim e lá, contratar um bote.


Fique tranquilo, pois a baia de Paraty geralmente possui águas rasas, calmas e cristalinas, podendo ser visitadas até mesmo por aqueles que enjoam e não sabem nadar.


Como é o passeio de barco?

Partindo de Paraty você pode contratar um passeio privativo de lancha, contratar uma lancha rápida que comporta um grupo pequeno (até 12 pessoas) ou uma escuna (que comporta um número grande de pessoas e é a opção mais acessível). O passeio dura em média 5 horas e faz paradas (de 40 minutos em cada ponto) para banho em pontos estratégicos, incluindo uma parada para almoço em uma vila caiçara (não incluso no valor do passeio).


O meu passeio de barco* ao Saco do Mamanguá incluiu a seguintes paradas:

Praia do Engenho (a mais linda na minha opinião)


Praia do Engenho Foto: Soutos no Mundo

Praia do Engenho Foto: Soutos no Mundo

Praia do Engenho Foto: Soutos no Mundo

Praia do Engenho Foto: Soutos no Mundo

Praia do Engenho Foto: Soutos no Mundo


Praia da Costa (onde está a casa que serviu de cenários para o filme Amanhecer, da Saga Crepúsculo)




Praia do Cruzeiro: que é a principal vila caiçara do Saco do Mamanguá, onde estão localizadas a escola e o Posto Médico que atende os moradores de toda a região. Na vila almoçamos em um restaurante caiçara que serve ótimos pratos com frutos do mar.


Após o almoço na vila Caiçara,no caminho de volta à Paraty, paramos para mergulhar na Ilha do Mantimento, que não possui praia mas nem fez falta, já que a cor da água era de cair o queixo!


Foto: Soutos no Mundo

Foto: Soutos no Mundo

*fiz o passeio com a empresa Paraty Tours.



Cachoeiras

A região é coberta pela Mata Atlântica que em conjunto com os rios que por ali passam, resultam em lindas cachoeiras. A mais visitada na região é a Cachoeira do Tobogã.

Outra muito procurada é a Cachoeira Pedra Branca. Já a Cachoeira do Crepúsculo ganhou fama após ter sido local para as filmagens do filme Amanhecer, da Saga Crepúsculo.


Eu visitei a Cachoeira do Iriri fica a cerca de 30 minutos de Paraty, na aldeia indígena Pataxó. De fácil acesso, é boa para quem estiver com crianças. Do outro lado da estrada fica a praia pertencente à reserva indígena. De areia branca, também é uma ótima opção para curtir o dia.

Tanto na aldeia quanto na praia, você poderá conferir o artesanato indígena, como colares, pulseiras, cocares, cestas e etc.



Onde comer:

O centro histórico é o principal polo gastronômico de Paraty e por lá você encontrará desde barzinhos mais descontraídos até restaurantes sofisticados. Paraty oferece inúmeras opções de restaurantes, de diferentes gastronomias. De especialidades internacionais (tailandês, francês, italiano, etc) até restaurantes que servem pratos da culinária caiçara.


Foto: Soutos no Mundo







Comments


bottom of page